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Autor | Mensagem |
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Hidan Civil

Data de inscrição : 09/01/2013
 | Assunto: Re: O lobo em pele de cordeiro Qui 24 Nov 2016, 23:22 | |
| O estripador sorria, satisfeito, por conhecer a face da primeira dama que não perdeu sua essência ao fel amargo do próprio sangue nas primeiras notas do hino da vida e da morte que entonava ao brandir sua lâmina cinza e brilhante. Surpreso, fazia o que mais cabia à situação: sorria. No seu breve encontro, não teve muito tempo para flertar com a pomposa e imponente ruiva que batalhava com ele e a moça, do caos preso aos olhos, como se não fossem nada. Pouco cortejou, mas muito viu. Seu rosto angelical carregava a volúpia nos lábios e o inferno nos olhos. Picadinha fina e por baixo do seu coque ruivo bem apertado crescia uma fortaleza vermelha. Uma donzela que valia por mil hoplitas empunhando seus escudos atrás dos seus elmos com crina entralhada em penas de aves da cor que arrancaria ao virar ao avesso seus antagonistas, coincidentemente, a mesma cor das suas madeixas; rubro, como sangue. O santo lobo branco ladrou frente aos enormes muros de escudos dourados e nem com a melhor das suas mordidas foi capaz de abrir uma boa fenda por entre suas defesas, logo o esquadrão de um membro só se reformulou e já investiu contra um lobo de sua alcateia. Ferida, a loba do caos bêbada de vingança, avançava para outro abocanhar. Não iria só. A espada em seu punho havia descrito um voo em liberdade para o gramado que Jack sabia estar à sua direita, mas não desgrudaria os olhos da policial nem um segundo que fosse. Tinha pleno saber de sua destreza em ambas as mãos e sua afiada capacidade de atirar tão bem quanto brandia a espada, com qual foi capaz de parar um potente golpe no último segundo. Recuaria um ou dois passos para dar oportunidade da outra ceifadora tomar dianteira do embate, porém não manteria seu corpo inerte, tinha pleno saber que um alvo parado era a mais fácil das miras entre qualquer atirador de facas saltimbanco, para ela, seria não menos, que uma sentença de morte: jogaria seu dorso para trás e iniciaria um recuo onde se projetava para trás e para os lados, sem ter um ponto fixo para se manter por mais do que uma piscadela. Aos pulos, a adrenalina tomaria conta da cabeça do estripador. Tinha a mente tão afiada para estratégias de combate quanto uma foice. Precisava apenas empunhar bem os fatos que tinha em sua frente, pensando numa estratégia nos poucos segundos onde sua mente, bêbada do calor do momento, voava para um gavião e o tempo corria como uma lesma, para, no fim, fatiar. Entre um salto, o flutuar nas plumas do vente e o baque surdo ele analisaria a situação. Olhou a arma em sua mão, perscrutando abruptamente uma maneira de usar seu próprio estilo de luta contra ela e como uma lufada do vento que sentia entre um pulo e outro a verdade submergiu. Seus olhos seriam tomados por um semblante perverso que apenas uma criança conseguiria expressar de tão caricato e puro, em seus lábios, finos, seu sorriso acompanharia. Investiu, certo que a outra representante do fim dos tempos iria atacar frontalmente, contornaria o inimigo nos segundos onde suas vistas estivessem ocupadas atirando contra o alvo hostil. Correria com os passos de um lobo fugaz que era, abusando ao máximo das capacidades dos tendões encrostados nos tornozelos para que descrevessem uma corrida silenciosa e extremamente rápida. Um verdadeiro predador sabia ser silencioso e preparar o mais ardiloso bote onde precisaria exercer o mínimo de combate possível com sua presa, resguardando sua integridade ao máximo para, no dia seguinte, matar outra e, no próximo, mais uma. Durante o percurso descreveria o semicírculo que iniciava da parte onde Jack estava, afunilava até ter o mínimo da distância que conhecia tão bem, seu braço somado com a sua foice, até parar nas costas da policial mantendo a distância mínima. Nas costas dela, seguraria a foice com as duas mãos, mantendo o espaço de quatro dedos entre uma e outra e deixando a última dez centímetros ou mais do final do cabo. Jogaria os seus dois braços para trás, deixando que sua canhota se aproximasse ao máximo do seu ombro correspondente. Conseguinte o movimento de mãos, giraria o tronco, alguns graus para a esquerda, e num jogo rápido de quadril alavancaria o golpe. Próximo a metade do arco do movimento, estenderia os braços e esperaria acertar em alguma região de suas costas. Repetindo o golpe quantas vezes fosse capas para abrir fazer jorrar o carmesim de suas entranhas. Não sabia a real importância dos órgãos que os ossos resguardavam lá dentro, mas sabia que teria de manter a virgindade de corte em seu rosto para que ela fosse enviada com êxito para o paraíso. Em mente teria um plano de esquiva para qualquer situação onde pudesse notar algum tipo de perigo: inicialmente, focaria em não se manter parado em nenhum momento que fosse, se não o período onde atacaria; mas ao primeiro sinal de hostilidade quanto à atiradora ou a qualquer outro inimigo usaria de saltos para trás, cambalhotas e rolamento para esquivar de todo golpe não vertical e acima do dorso, descreveria impulsos acrobáticos ao ar em golpes horizontal abaixo do tronco e se necessário saltaria para o lado mais propício em casos de tiros, coronhadas ou estocadas. |
|  | | Nosferatu Zodd Civil


Créditos : 13 Warn :  Data de inscrição : 21/09/2016
 | Assunto: Re: O lobo em pele de cordeiro Sab 26 Nov 2016, 22:06 | |
| {Editei o post sem querer e é isso, foi mal avaliador...} - Histórico Jack:
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Última edição por Nosferatu Zodd em Qua 30 Nov 2016, 17:03, editado 3 vez(es) |
|  | | Hidan Civil


Créditos : 10 Warn :  Data de inscrição : 09/01/2013 Idade : 21 Localização : Inferno.
 | Assunto: Re: O lobo em pele de cordeiro Dom 27 Nov 2016, 13:47 | |
| As foices gêmeas dançaram tão bem quanto apenas as tesouras das parcas teriam tamanha sintonia em seres distintos, mas interligados pelo simples prazer de ver a morte rente ao seu rosto. A sina dos monstros que as portavam jorravam aos montes; sangue. E a dança ficou apenas mais magnífica a cada passo coreografado do corpo de bailarinos composto, nada menos, de loucos. O pratear reluzente corria de um lado para o outro, corrompidos pelo carmesim, porém, apenas nesse momento, completos. A dança dos diabos à luz do sol, diabos que foram crescendo até no grand finale uma delgada lâmina esgueirar a presa e dar o solene bote digno de, não menos que, uma cascavel renascida em aço. Mordeu e instituiu três lindas bestas dançando durante o encerar do segundo ato, outrora, como um bom desfecho a surpresa tinha que florescer do fim mais inesperado possível. O extraordinário tinha que acontecer para promulgar o termino do festim das três sanguinárias lâminas, e, logo, o acaso cuidou disso. O encerar do segundo ato desabrochava o clímax da dança. Uma virada de jogo digna de não menos que uma pessoa capaz de bloquear um dos melhores golpes que o estripador executou fora do campo de treinamento com o seu pai. O cano da garrucha poderia intimidar qualquer outro homem, mas não Jack. Passou bons anos estudando a bíblia, porém já nos primeiros, entendeu o quanto as asas negras em suas costas representavam muito mais que meros adereços. Um anjo é um ser sem livre arbítrio, um mensageiro direto do seu deus. Uma criatura de tamanha pureza que o mero contato dela contra a sociedade humana, corrompida, era o maior sinal de que sua divindade tinha escolhido sua família para a guerra do fim dos tempos, contudo apenas Jack atendeu esse chamado. O vão circular no gélido ferro, por onde a munição correria até beijar a testa do estripador, era uma coisa insignificante contra a vontade maior que o celestial resguardava. O estandarte da guerra entre os impuros apenas tinha sido levantado, parar, agora, não era uma opção. – GUHEHE! Temos uma boa dançaria aqui! Branco, não corte esse lindo rostinho; vou levá-la ao reino de Deus! Bradaria, sorridente, tentando olhar nos olhos da imponente moça e depois olhar para a ceifadora. O lobo era, acima de tudo, um anjo, juramentado, outrora, ainda tinha os instintos de um verdadeiro caçador da floresta; mesmo que tivesse de perder uma pata, nunca deixaria que uma armadilha de um caçador de outra espécie prendesse-o. O estripador não seria, de nenhuma forma, diferente. Como um lobo que morde sua pata ao ver-se presa em uma armadilha de urso até ter o seu membro arrancado para ver-se livre, o ceifeiro escolheria sua própria do que ser morto por uma artimanha de terceira e, se tivesse de escolher, morreria lutando. Como resposta ao movimento da atiradora ambidestra, Jack aproveitaria da maneira que segurou a foice para sua tentativa de empalar a policial pela retaguarda para empurrar a arma batendo o cabo da foice na arma. A ideia, inicial, era apenas mover o necessário para que sua pele se vesse longe de outro disparo, principalmente a de sua testa. Num jogo fugaz de mãos, correria os dedos da mão esquerda até segurar a parte contraria do exato lugar que anteriormente tinha suas falanges dos dedos presa. Feito isto, bateria com a palma da mão esquerda para que a foice girasse para baixo e amoleceria o pulso da destra para facilitar o movimente de rotação anti-horária da arma onde o simples objetivo era fazer a grande haste de madeira que seu instrumento de matar bater na pistola. Acertando o revólver com a madeira foice, pularia para o lado oposto do que o utensílio se deslocaria, no caso para a direita de Jack. Na fatídica hipótese de ser impossível esquivar a rota do disparo teria de ter uma estratégia de emergência para não estar desprevenido: no caso do golpe ser literalmente eminente, giraria o punho para ter a lâmina da foice virada para a direção da mão da invasora, assim Jack puxaria com todas as suas forças a foice para baixo para decepar a mão antes do dedo responder ao impulso nervoso de atirar. Visaria um golpe limpo, contudo não hesitaria em dar mais de um puxão para que a foice decepasse por completo. Durante o golpe saltaria para o lado direito, visando o simples objetivo de não ter o sangue tingindo suas vestimentas de custosa lavagem e evitaria ser acertado se algo desse errado em seu amputar. Executando qualquer uma das duas evasões com êxito parcial ou pleno, partiria para o ataque sem pestanejar. Não era chamado de estripador por qualquer motivo, sua purificação se via plena quando as vísceras de suas vitimas estiverem mais a mostra do que sua própria pele. Do lado esquerdo da vitima começaria a catarse carmesim da policial, colocando sua foice na horizontal, segurando a arma com as duas mãos separadas por um espaço onde pudesse exercer plena capacidade de golpear com uma base forte, na destra, e uma manipulação coesa no membro mais dentro, na canhota. Jogaria o ombro esquerdo para trás, travando o quadril na mesma base que tinha pulado e arqueando os joelhos enquanto movimentava ter uma estrutura de uma verdadeira fortaleza, mas manter sua flexibilidade de um lince. Num jogo de quadris, que se repetiria dezenas de vezes, impulsionaria os golpes da foice que exerceria uma bela dança indo e voltando, picando toda a área pertencente ao flanco. Como sempre, estaria preparado para esquivar de golpes, seguindo o plano: para coronhadas preferiria apenas saltar para o lado oposto ao que o golpe nascia ou, simplesmente, inclinaria a coluna para frente e erguê-la-ia no lado nascente do golpe; para tiros ficaria preparado para saltar para o lado esquerdo usando o máximo de sua desenvoltura como acrobata para descrever um belo e preciso salto; quanto ao restante dos golpes seguiria sua tática padrão de efetuar um rolamento ou saltar para trás em golpes que visassem sua cabeça e não fossem verticais, pularia para o lado esquerdo em casos de golpes verticais e para os horizontais que visassem suas pernas, apenas, saltaria alto o suficiente para sair da área incisiva do ataque. ____________________________________________________ |
|  | | Emilly B. W. Sinclair Membro


Créditos : 16 Warn :  Data de inscrição : 25/09/2016
 | Assunto: Re: O lobo em pele de cordeiro Ter 29 Nov 2016, 00:09 | |
| Frente aos meus trêmulos olhos a alcateia de lobos dançou uma fantasmagórica ciranda. Cada um deles, tinha em suas faces transformada em borrões que apenas se viam nítidos quando olhava-os como um ser único. Todos eram um único lobo e, ao mesmo tempo, eram lobos únicos. Cada um representava, com o seu próprio traço, o lobo da morte, mensageiros, algozes da paz, mas, ao encalço, em cada lobo uma a morte crepitava de um jeito diferente, único. A ciranda mortal dos lobos que rosnavam contra a ursa e a atacavam de tantos lados que nem mesmo ela era capaz de revidar.
Seria, eu, mais um lobo? Meus pés diziam sim. Colocando-se um na frente do outro, ligeiros como um coiote atrás de seu pássaro travesso, correndo para o combate como se fosse um prego atraído pelo imã da carnificina. As mãos, torpes, correriam até a velha bainha branca casada há pouco com uma nova e mortífera amante; a esquerda enrolar-se-ia na bainha e usou o dedão para empurrar a espada para fora de seu local de repouso, a direita envolver-se-ia na bainha com as falanges e num esplendoroso saque alongou toda a extensão do delicado pedaço de aço para fora, cortando o ar.
Frente à vontade do verdadeiro rei do mar, meu corpo nunca ficaria parado. O corpo de um reles mensageiro do mar frente aos seus infiéis em terra firme traria sua mensagem:
– Moça, desista, está lutando contra o seu destino – grunhiria alto o bastante para que a moça escutasse, contudo sem elevar o tom de voz padrão, abusando de toda a capacidade persuasiva do meu corpo, natas e inatas. – Você, como todo o seu povo, perecerá frente ao sal. É a vontade do Deus Afogado .
Prosseguiria corrente até o alvo onde meu próprio instinto me guiou. Lutando ao lado dos lobos que irão vestir o caos como manto e o brindar o sangue dos errados em suas próprias taças. Ainda durante o trajeto, libertaria a bainha e fugiria os dedos para a parte inferior da bainha projetando a espada em um arco até mudar do vertical ao transversal, colocando-a na linha do ombro canhoto. Correria preparada para ser alvejada com algum disparo das pistolas que via presas aos punhos da inimiga da matilha, no primeiro caso tentaria colocar o lado mais expeço da espada contra o golpe para impedir que a munição invada meu corpo ou, apenas, saltaria para qualquer um dos lados se visse uma arma sendo apontada para mim.
Ao atingir a moça, giraria a espada da transversal para a esquerda até que ficasse na mesma posição no lado oposto, com o simples objetivo de confundir o golpe que não brotaria ali. Parando no lado direito, em um movimento ágil, giraria a espada para que sua ponta ficasse na direção da antagonista e encostaria as pontas dos dedos da mão canhota na costela esquerda. Somente ai, estocaria visando acertar a axila de cima para baixo, usando o fato de ser menor que quase todos como vantagem.
Ao atacar usaria o principio de colocar a arma para contrapor o golpe, nos casos onde isso posse viável. Nas exceções descreveria saltos, rolamentos e pulos para evitar que minha carne fosse profanada, escolhendo sempre o melhor para a ocasião.
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|  | | Branco Pondus Membro


Créditos : 6 Warn :  Data de inscrição : 28/10/2016
 | Assunto: Re: O lobo em pele de cordeiro Ter 29 Nov 2016, 10:51 | |
| [Você precisa estar registrado e conectado para ver esta imagem.] < "Lobo da estepe, eu acredito na tua dor." >
Estávamos no clímax, apresentando um ballet sutil e desejando o bruto tango. Mas nós éramos os protagonistas, encenando com perfeição os papéis que nos foram dados, e nós que sairíamos vitoriosos daquele palco. Os movimentos da moça eram mais concretos, movimentos de quem treinou arduamente os mesmos ângulos, dia após dia, sem a beleza do improviso, sem se deixar levar pela tensão e pelo ódio. Esse era seu erro: Uma bailarina sem coração, sem objetivo e sem alma. O destino já estava escrito, no arder dos meus olhos e no sangue da donzela que, em breve, purificaríamos com compaixão.
— Tu acreditas que com a tua pólvora tens poder contra mim? — Diria, inerte, com o olhar um pouco mais calmo. — Eu não posso morrer, pois eu, por vocês, morri há muito tempo.
Percebendo a locução do estripador para comigo eu visualizei o estrago na moça, obedecendo, quase cegamente, as ordens do meu mais novo aliado, por motivo de respeito e grande empatia. Ao perceber o movimento de escape do ceifador eu, imediatamente, esquivaria em um curto forçar de pés para minha esquerda, deixando que a foice "escorregasse" no ar, com um pouco mais de força do que costumava, me seguindo, em um ângulo que atravessaria o braço estendido da moça, visando cortá-lo. Imediatamente, independente de qualquer coisa, eu pularia contra a minha adversária, voltando ao meu estilo original de usar a foice e tentando aplicar dois cortes laterais subsequentes em suas coxas. Eu tentaria manter-me o mais próximo possível, ganhando a vantagem da minha arma de curto alcance contra a dela de alto alcance, tentaria ceifar, em qualquer oportunidade, alguma das mãos que seguravam as armas, para torná-la uma presa cada vez mais inofensiva, para que purificássemos a fêmea sem o estardalhar de mais ferimentos em nossa carne, ferramentas tão preciosas. Caso a mulher levasse sua atenção para o estripador eu rapidamente tentaria usar da oportunidade para atacá-la pela retaguarda, visando um golpe vertical em suas costas, como uma machadada, com o intuito de penetração e não corte, algo atípico em lutas usando foices, mas que se mostrava eficiente em alguns casos. Caso ela voltasse a atenção para mim eu tentaria desarmá-la com um golpe horizontal, o ângulo que mais abrangia a área que se segurava uma arma, não tentaria me esquivar, perdendo minha energia, mas não queria ser atingido novamente, levando em conta que a dor e o desgaste físico ainda se aplicavam à podridão da minha carne. No caso de ser acertado de novo, em qualquer lugar, lutaria contra a dor e o desgaste e avançaria, quase como um berseker, sem temer à morte, que já não podia fazer nada contra mim, e, controlando a fúria, atacaria-a com golpes horizontais, tentando não acertar o seu rosto. Se eu não fosse atingido apenas manteria a guarda e executaria as investidas planejadas. - OFF:
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|  | | Marvolo Civil


Créditos : 13 Warn :  Data de inscrição : 08/01/2013
 | Assunto: Re: O lobo em pele de cordeiro Qua 30 Nov 2016, 01:55 | |
| [Você precisa estar registrado e conectado para ver esta imagem.] Como um peão girou e, não diferente de um, caiu. Inevitável.
O bom e único olho via o mundo como uma arte abstrata. Turvo. Confuso. Ébrio. Nada fazia sentido - como nunca tinha feito -, de um jeito novo. O falso e o verdadeiro fundiam-se, numa festa de várias cores que, juntas, não significavam nada. O antigo mundo sem nexo existencial, agora pecava até na falha sensação visual que provia. Uma massa colorida e disforme, sem significado algum e, acima de tudo, vazia.
Largado ao chão fingiu ser um tapete de pele. Já não era tão diferente de um, ambos já não tinham vida. Recipiente. Carcaças sem essência ou resignação. Peças que em um passado longínquo foram vivas, um pretérito livre dos açoites do destino.
Bebeu do ar uma lufada, oxigenando o cérebro confuso pelo baque, estabilizando o seu estado pelo simples prazer da comodidade de esperar pela morte de, uma maneira, minimamente, digna. Tossiu, cobrindo o escarro com o dorso da mão desarmada. Inspirou fundo e, depois, um pouco mais, após a segunda golada de ar, intercalando com várias cadeias de piscadelas com o único olho útil até relembrar o motivo de ter saltado para uma justa que não o pertencia. Nenhum? Indagou, submerso até a garganta pelo dilúvio de questionamentos, rápidos, simulavam o disparo cuspido pela pistola que silvou alto, mas não tanto quanto o caos dentro de sua mente. Alguma vez houve motivo? A tormenta estiou, todos os tiros de dúvidas pararam e caíram; a resposta bateu à porta.
... nunca. Decidido quanto a incerteza, tinha o melhor ônus possível: se perdesse morreria, nada mais justo, nada mais vantajoso. Continuaria. Apoiaria o punho, ainda fechado, contra o chão e projetaria o corpo para uma estocada em qualquer uma das coxas. Rompendo as fibras do músculo com apenas uma das mãos até ter toda a ponta da espada dentro da pele, descrevendo um golpe desenvolto, formoso e fluido. Seguiria cortando suavemente o músculo até no momento exato que seu olho visse toda a ponta já dentro, serpenteando a mão livre até o cabo da empunhadura e batendo com a palma da mão para impulsionar o corte para algo mais selvagem, porém mais danoso.
Subsequente, o espadachim sem nome, puxaria a espada para fora girando o pulso para abrir o ferimento e estocando mais duas vezes nas regiões periféricas ao corte. Preparado sempre para golpear a arma caso ela fosse apontada para ele, contrapor golpes que notasse com seus bons sentidos golpeando de volta na arma que o ameaçava e, no último caso, saltaria e rolaria. ____________________________________________________ |
|  | | Bernstein Civil


Créditos : Zero Warn :  Data de inscrição : 27/03/2016
 | Assunto: Re: O lobo em pele de cordeiro Qua 30 Nov 2016, 14:21 | |
| Argh! A língua, como um chicote, estalou, subjugado pela dor que corria pelo seu corpo como uma infecção. A curiosidade não fazia tanto sentido, não mais, a dor latente havia a arrancado de sua singela poltrona de rei com tapas e pontapés. “Como essa prole de uma cortesã de vários amantes teve a audácia de me invadir?”. A fúria subiu aos olhos sem ser clamada, o ego atingido sussurrou ao pé de sua orelha escárnios, não podia deixar de nenhuma maneira que tamanha afronta passasse despercebida. Por hora, o calor do momento tinha de ser suficiente para amenizar o sofrimento da chaga, permitindo que permanecesse em combate até que vesse um final digno para uma mulher que causara ferimento em um homem superior a qualquer humano. DEVASHJLKPHSA!
Bateu a ponta sem gume da lança no chão, trocando de mão caso a lança esteja pairava entre os nós dos dedos da mão esquerda, e a usaria como bengala para erguer sua superioridade. O tempo negava lhe a oportunidade para ressentir suas mágoas, havia apenas a chance de demonstrar o quanto a fúria de um ser superior era avassaladora, escolher não era bem uma opção, afinal, estava farto do gosto metálico da derrota. VÁ PAPHCTUHRA O INFERNO!. Submergiria da dor, usando da bengala como apoio, implacável, e iniciando uma corrida com todas as suas forças na direção onde germinara o tiro que cortou ar e carne.
Investiria, correndo com os seus longos braços arqueados para que a lança não raspasse no chão e não diminuísse seu equilíbrio, consequentemente, permitindo que focasse toda a sua mente conturbada em correr com os passos mais ligeiros que seu corpo conseguisse dar. Contra a brisa do acaso, saltaria toda vez que visse uma arma apontar para o seu precioso corpo, pulando para um lado aleatório; idem para caso fosse atirado algo contra seu corpo entre o curto trajeto. Entre os rápidos baques contra o solo, correria a mão para a ponta da lança e passaria a segurá-la um ou dois palmos antes do seu findar. Encerraria a investida algo próximo de três metros de distância para, finalmente estocar, usando do seu braço longo e do seu longo membro superior para ficar o mais distante dos golpes dos outros quatro, mas, mesmo assim, tentar acertar um dos flancos sucessivas vezes.
Estocaria preparado para remover a lança da ferida que abriria, ou não, para bloquear golpes contrapondo a madeira da sua arma na direção que o golpe inimigo descrevia. ____________________________________________________ |
|  | | Nosferatu Zodd Civil


Créditos : 13 Warn :  Data de inscrição : 21/09/2016
 | Assunto: Re: O lobo em pele de cordeiro Qua 30 Nov 2016, 17:02 | |
| De um lado, cinco reencarnações do caos. Antes de qualquer golpe ser descrito, qualquer tiro romper o ar, qualquer chaga nascer, a voz de Emilly ecoou pelas paredes, silvando como um chicote e tomando de assalto os ouvidos de Bethos. A voz aveludada fez como um sofro gélido na nuca da polícia, arrastou por toda a sua pele um calafrio irracional que a destemida agente da lei não tinha há anos. A calma voz, transmitia tudo, de menos calma e o tom suave que as palavras saltavam a cambalhotas dos lábios da pequena garota contrapunha ao temor de tê-las aos seus ouvidos. Tudo aquilo a obrigou a arrastar seus olhos para a pequena ameaça que entonava uma voz como se fosse o maior dos gigantes. Distração não mais que suficiente para Jack bater na arma e saltar para a esquerda da ruiva que, instintivamente atirava na direção do anjo de sal que bateu a espada na munição e desviou o percurso do tiro que, inutilmente, alvejou a muralha. Entre o susto, Branco, constatou sua fantasia em alto e bom som, fazendo a atiradora virar seu rosto para sua direção e atirar contra o lugar que deveria estar seu rosto, outrora, tarde demais, pois ele já tinha iniciado sua corrida contraria ao do estripador. Entre os movimentos, Riagrart, encheu seus pulmões de revolta, se levantou com o apoio da lança e iniciou uma corrida até o humano que audaciosamente violou sua carne superior e, o espadachim suicida, estocava abaixa da dobra do farto glúteo que a atiradora portava, cortesia dos anos de treino, e girava sua espada estocando outras duas vezes, uma na anca direita e outra na parte mais inferior, femoral; abrindo as portas para a série de ataques de todos os lados. Jack iniciava a sua sequencia de golpes no flanco direito penetrando a sua foice e fazendo com que ela empalasse a vítima que tentava reagir de algum modo, mas branco intervinha e amputava a sua mão e corria para suas costas e iniciava os sequenciais golpes nas costelas que se rompiam com a moça em agonia. Ainda possuindo uma das mãos, tremula, tentava reagir, mas o golpe do humano de braço longo transpassava a mão e violava o único lado do seu corpo que ainda estava virgem do festim vermelho dos dois maníacos. Com o golpe de misericórdia, Emilly, atingia sua alcateia e estocava a garganta de Bethos que, finalmente, via o descanso para tamanha dor, fechando os seus olhos, os músculos não escutavam o sinal de baixar guarda e ainda tremiam, mas, logo, Branco cuidou daquilo entre um golpe e outro partiu sua coluna vertebral em duas. Os dois ceifadores, banharam-se a sangue e, quem sabe, saciaram a sede se suas foices. Quando o corpo da moça passou a ser uma polpa com a cabeça intacta tudo começou a piscar. Vermelho. Negro. Vermelho. – Atenção! – bradou uma voz robótica. – Chamando todas as unidades! Invasão no departamento de polícia. Atenção! Chamando todas as unidades! Invasão no departamento de polícia. - Histórico Jack:
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|  | | Hidan Civil


Créditos : 10 Warn :  Data de inscrição : 09/01/2013 Idade : 21 Localização : Inferno.
 | Assunto: Re: O lobo em pele de cordeiro Sex 02 Dez 2016, 03:41 | |
| O sangue dela ficou como chuva quente quando se espalhou sobre o rosto de Jack. O aconchegante abraço aquecido do licor espeço manchando sua pele, lembrava-lhe os dias quentes de verão. O tempo que vivia apenas pelo seu estandarte da vingança, ceifando todos onde o sangue corrompido dos seus sequestradores corria e levando às portas do seu deus donzelas volúpias. Sem sombra de dúvidas, a melhor época de sua vida. Os bons tempos estavam voltando. As lâminas cortaram, mas, apenas, as foices cantaram. Entonando alto sua cantiga pagã para que a morte fosse evocada em seu festim profano. Amantes, unidas pela sede, conversavam ao som de tecidos rompendo, ossos quebrando e lamúrias do abençoado alvo. Voaram como aves de rapina, indo e vindo, rompendo o ar e arrancando o carmesim que esguichava. Em meio ao banho de sangue, conjuraram o anjo que transportava a mensagem do fim dos tempos. A criatura moldou do sangue suas, vermelhas, asas e com as mãos velhas grudadas nas bochechas da escolhida. Beijou-a num golpe. Arrancando a alma de entranhas em uma lufada de ar denso carregada de vida. Famigerada, vida, que quando arrancada transformou a formosa guerreira em não mais que um boneco sem vida. Um reles fantoche, efêmero, manipulado por amarras de seda fina, que tiveram seus nós desatados por abruptos e retilíneos cortes. O frágil brinquedo baqueou surdo, contra o chão, despedaçando-se como se fosse vidro. Ruiu. Falhou. Imerso no êxtase um trovão ressonou. A tal besta da balburdia não perdoaria nenhum local cujo estripador colocasse os pés. Robótico e estático, entonou o feito da dança das cinco lâminas. Nada daquilo parecia importar quando ao dardejar à sua volta, perscrutando a nascente do som e acabou mordiscando a lâmina que reencarnou o beijo da morte, a espada que perfez os estertores e selou a vida. Instigado, fez seus olhos escorrerem pelo fio de corte como se fossem sangue, vagarosamente, e, no fim, encontraram um delicado e minúsculo par de mãos. Curioso, continuou, correndo os olhos em uma menina limpa de qualquer sentimento, como uma rosa branca. Carregava flocos de neve nos olhos, e, ao mesmo tempo, eles carregavam o peso do oceano. Olhou-os de soslaio, gostou daquela profundidade, e da antítese entre a bela fragilidade e a temível insipides. Caiu os olhos para seu corpo ainda em formação, num gesto casto para confirmar a pureza de sua existência: um roupão aberto nos ombros, tão destingido quanto podia ser. Tudo tão belo quanto majestoso. As cores se confundiam com seus cabelos alvos e a cor creme da pele lisa que trajava, mas nada bradava mais alto que a linda mensagem do seu deus que ela tinha presa em suas costas. Nasceu, frente a ele, mais um anjo, mais um ser sem livre arbítrio que vivia apenas para propagar a mensagem de um deus. Entendeu, finalmente, o motivo para sua divindade ter colocado a princesa em seu caminho: tinha de conhecer os outros quatro estandartes da guerra. Viu, nos olhos da menina, que, finalmente, tinha conhecido todos os escolhidos, ao menos por enquanto. Não via tanta beleza nos outros dois rapazes, mas haviam apresentado em combate o valor que tinham. Cada um deles, rente ao seu credo, tinham, não menos, que o objetivo de Jack: transcrever à sangue e gritos seu nome na história da humanidade, demonstrar o quanto sua causa valia, explanar o caos pelo motivo que fosse. A praga, cada vez mais, seria a única maneira de tê-los eternos. Finalmente, o estripador não estaria sozinho em sua cruzada contra os pecadores. A carta que sua divindade transcrevera por meio de uma vida pura, como a santa mãe do filho do seu deus, não tinha mais motivo para perdurar sua existência em um mundo devasso como o que perduravam. Merecia ir para o paraíso, tão quanto, ou mais, que a pistoleira. Precipitou a mão menos destra até o coque ferrugem e cravou suas unhas no tufo volumoso. Suspendendo a cabeça e voltando, a passos fugazes, até o local onde haviam abandonado o corpo inconsciente. No percurso, se passasse pro sua cartola, colocaria a cabeça ao lado, delicadamente para que ficasse equilibrada sob o pescoço, e vestiria de forma elegante o seu tão querido adorno e voltaria o seu percurso após alçar seus dedos por entre as madeixas. – Não há mais por quê sofrer, princesa. Tens meus, mais sinceros, agradecimentos, contudo sua missão, ao lado de seu sofrimento, finda aqui. Levá-la-ei ao céu, junto a essa excelente guerreira. Terás resguardo, mesmo que não necessite. Terás, por mais tardar que seja, descanso. Declamaria, por entre os seus lábio sorridentes e colocando a cabeça ao lado do corpo que, possivelmente, não entendia qualquer coisa que ele tinha a dizer devido ao golpe com a madeira da foice do estripador contra seu crânio, ou, no mínimo, por ser alguém que havia perdido muito sangue, cortesia da chaga aberta pela madeira há horas. Junto ao seu último dizer, ergueria a foice acima de sua cabeça e desceria em um golpe para que o aço beijasse do ombro ao seio e do seio ao umbigo. Repetindo quantas vezes posse necessário, mantendo a graciosidade o belo sorriso, para, no fim, restar apenas uma cabeça decepada num corpo de polpa vermelha deforme. Alinharia uma cabeça com a outra, colocando-as lado a lado e, por um segundo, apreciria sua obra de arte incompleta. Sentaria, cruzando uma perna por cima da outra, como um monge, e pegaria primeiro a cabeça da ruiva. Enfiando a mão dentro do novo orifício que foi aberto ao ter a cabeça amputada, transvestindo a mão com a cabeça. Sorriria inclinado a cabeça e, com cuidado para não rasgar sua própria mão, desenharia o sorriso com sua foice, rasgando suas bochechas. Fazendo o mesmo com a outra cabeça, tomando mais cuidado com o sorriso para que ele parecesse mais puro. Na cabeça do estripador significava algo. Com os preparativos dentro dos conformes, tinha de terminar o seu rito sagrado: orando. Levantaria, com ajuda da sua foice, apoiando-se nela e, logo, ficaria de joelho, ataria uma mão na outra e fecharia os olhos. – Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o Vosso nome. Venha a nós o Vosso Reino. Seja feita a Vossa vontade, assim na Terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje. Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém. Rezaria em voz baixa, quase num murmúrio, balbuciando os dizerem que pulavam dos seus lábios apenas fortes o suficiente para saltarem até seus próprios ouvidos. Optava pela versão que lembrava do filho de deus entonar por entre os versos do seu livro sagrado, evitando os incrementos feito por humanos imundos e corrompidos. Erguer-se-ia ainda enquanto esbravejaria a última palavra o tanto mais alto do que o restante, executando o rito padrão de tocar seu corpo formando uma cruz com pontos específicos que levasse sua destra e, ao encerar, passaria correndo pela porta. Se já não tivesse readquirido sua cartola, seria o melhor momento para fazê-lo. – Algo canta aos meus ouvidos, sutilmente, que aqui não será um bom lugar para ficar. Chuto que seja a sirene piscando ou a voz delatando-nos. Pouco importa. Logo virão pessoas que não pretendem parabenizar-nos pela excepcional peleja que dançamos. Evadiria sozinho, porém vejo em todas as faces, rostos novos, portanto, serei vosso guia! GUHEHE! Iremos conhecer uma casa de um tal sor do mercado negro. Mas antes... Correria até a entrada mais acessível da delegacia, possivelmente a da direita, e golpearia a porta para que ela aparentasse ter sido invadida e, assim, funcionar como uma distração para que o reforço, no mínimo, se divida para procurar pelo grupo. – Prontinho! Escondeu um gracejo com a mão livre sobre os lábios. Olharia de um lado ao outro, tentando se localizar e relembrar para onde a mansão do conde ficava. Se não conseguisse, apenas remeter para onde deveria seguir para achar o castelo já era mais que o suficiente. Seguiria para o destino que julgasse ser o certo, no segundo caso seguiria até o castelo e circundá-lo-ia até achar a inesquecível, de tão vasta, residência do nobre corrupto. Chegando lá, tinha certeza que veria um pequeno portão e, logo atrás, outro expeço portão de madeira. Na primeira vez, encontrou o primeiro deles aberto, mas, se necessário saltaria por ele para evitar ter de gastar o gume de seu armamento com obstáculos irrisórios. – Toc, toc, toc. Tick or treat? Bradaria ao atingir a porta de madeira, batendo não com o dorso da mão escolhida, mas, sim, com sua foice. Golpeando aleatoriamente para que causasse o maior estrago possível. ____________________________________________________ |
|  | | Marvolo Civil


Créditos : 13 Warn :  Data de inscrição : 08/01/2013
 | Assunto: Re: O lobo em pele de cordeiro Sex 02 Dez 2016, 17:54 | |
| [Você precisa estar registrado e conectado para ver esta imagem.] Aço sujo de sangue, nojo. Méh. Dançou o braço no ar e a lâmina da espada fez o mesmo, cuspindo o sórdido sangue que maculava seu metal reluzente.
Voz e clamores, reforços a caminho, medo? Não, nada. Piscou o olho bom e corrigiu a posição do kasa na cabeça, suspirou e deslizou a retaguarda da espada pela boca da bainha com o polegar limitando o movimento, em segundos, quando a ponta da arma atingiu a abertura, foi engolida calmamente, como se fosse um fio de espaguete. shriiiiin, click.
Embora tudo exalasse adrenalina ao seu redor e todas as atitudes devessem ser tomadas rapidamente, não compartilhava dessa visão. Velocidade padrão, linear, imutável. Você fala demais. Olhou Dracul durante sua oração, estalou a língua. Para alguém fadado ao vazio. Silenciou-se, olho ágil e agitado.
HAHAHAHAHA! Gargalhada breve e sorriso grandioso, a mão direita desarmada à face e a canhota repousando sobre o cabo em diagonal na cintura. Que cabeça a minha. Deu de ombros e afastou a mão do rosto, seguiria Jack à esmo, sem motivo específico, embora estar em sua companhia o fizesse pensar que conseguiria completar a caçada mais facilmente.
Arrastando os pés pelo chão e estalando a língua, tornou o semblante nulo novamente.
Todos nós estamos. ____________________________________________________ |
|  | | Branco Pondus Membro


Créditos : 6 Warn :  Data de inscrição : 28/10/2016
 | Assunto: Re: O lobo em pele de cordeiro Sab 03 Dez 2016, 16:14 | |
| Não existe infinito mais lindo que o breve, que vai para além dos conceitos humanos, o instante que se divide, infinitamente, em unidades menores: Um esplendor detalhado que urra a significância das pequenas coisas. O momento em que faleceu a pistoleira, por consequência dessa dança conjunta, foi a obra de arte que pintou meus neurônios e, em um prazer quase desumano, mas ao mesmo tempo selvagem como só nós, marcou o começo de algo que eu sabia que em breve entenderia, junto destes que seriam os meus novos companheiros na caçada frenética pelas obras do destino.
Observei as figuras, mas prestei minha atenção mais a Jack, que parecia um líder, mais convicto de seus objetivos do que todos. Observaria-o, girando a foice, sem expressão alguma, cumprindo seus rituais. A cena dele matando a celestial preencheria meu coração: Sob os olhos do ceifador a bondade regia, como sob os meus. Eu o seguiria, estagnado, como se pintado de branco, mas berrando o caos óptico por dentro no contraste mais belo de quem eu era e de quem eu deveria ser. Se algo visasse os nossos corpos no caminho eu ceifaria diagonalmente, tentando proteger Jack e qualquer outro dos "nossos" que estivesse no campo de visão. Branco e vazio, mas tão quente quanto o sol. ____________________________________________________[Você precisa estar registrado e conectado para ver este link.] |
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