[MINI-Koji] Anjo caído

Apesar da dor, eu tentaria me movimentar, o corte não era tão profundo, mas sim sutil, por isso julgo que ainda consigo me movimentar, talvez com um pouco menos de destreza, mas nada tão exacerbado.
A grande pergunta é por que eu estava batalhando de maneira tão idiota? Será os ensinamentos do meu pai ou soberba? O fato era que esse pequeno homem estava lutando para valer, então eu vou fazer o mesmo, ou é fim de jogo para mim.

-Ei, isso foi apenas um aquecimento, agora vamos para a luta de verdade! - diria eu com um sorriso meio malicioso no rosto e um tom de animação. Essa luta estava me deixando animado em um nível que eu não sentia desde as minhas primeiras batalhas, vou fazer com que hoje seja um dia inesquecível para nós dois, Chefinho.

Me colocaria, então, em posição de combate, e logo começaria meu ataque. Iria em grande velocidade na direção do pequeno homem, e ao chegar perto dele desferiria um ataque de cima para baixo. Ao mesmo tempo, eu posicionaria um dos meus pés atrás do anão. Caso ele se defendesse com sua lâmina, eu procuraria jogar todo o peso do meu corpo em cima desse ataque, e logo após, fazer um movimento de varrida, mesmo que desengonçadamente, com meu pé na retaguarda do lutador, de modo que ele pudesse perder o equilíbrio e caísse no chão. Estando ele no chão, faria cortes profundos mas não letais em suas pernas e pés, fazendo com que pela dor ele não consiga mais levantar. Para imobilizá-lo de maneira completa, rapidamente colocaria minha lâmina pressionada contra seu pescoço e meu corpo em cima do dele.

Porém, caso ele se esquivasse do meu ataque, eu ainda em velocidade pularia na direção dele. Com o pulo, eu estaria acima da sua cabeça, o que o impediria de ver onde eu estou por causa das fortes luzes do estádio sem que ele se cegasse no processo. Dessa forma, eu pousaria em seu ponto cego, onde deferiria um golpe forte e profundo, novamente de baixo para cima e diagonalmente, contra suas pernas de forma que ele fique imobilizado.

Levaria em conta que minha espada é gigante contra um adversário incrivelmente pequeno, então seria cauteloso com a forma que eu manuseio a Nodachi para que meus ataques sejam totalmente certeiros e causem o maior dano possível.

Caso o pequeno homem consiga me atacar durante meus planos, eu me defenderia com a espada em posição vertical, sempre indo diretamente contra a lâmina de meu oponente. Levaria em conta também o ferimento na minha perna, então defenderia com mais afinco essa região do meu corpo.
Durante os embates com a espada, eu procuraria uma chance de fazer meu contra-ataque, que consistiria em repulsar a lâmina adversária contra ele mesmo, assim podendo me dar uma abertura. Eu então atacaria de baixo para cima usando meu tronco a fim de desarmar o meu oponente; logo em seguida eu o rapidamente derrubaria com um chute, mesmo que atrapalhado, e colocaria a ponta da minha lâmina contra o peito do Chefinho, mais especificamente, na região do coração.

Se por um acaso um dos ataques do meu adversário forem indefensáveis, eu então me esquivaria girando meu corpo para o lado e reiniciaria a série de ataques e defesas com o objetivo de chegar a uma chance de contra ataque, onde eu finalizaria a batalha da mesma forma.

Legenda:

 

Fala do protagonista

Enfim, a luta chegou ao fim com um belo empate. Não consigo tirar da minha cabeça que a batalha teve esse resultado por negligência minha, que subestimei meu adversário ao ponto de ser punido. Apesar de tudo, foi uma experiência e tanto, aprendi muita coisa aqui hoje e devo tudo isso ao Chefinho que com suas palavras abriram meus olhos.

Voltando à realidade, estenderia minha mão ao anão como símbolo de respeito e a levantaria no ar para toda a torcida ver; a batalha havia chegado a um fim.
Meu plano inicial era conversar com o Chefinho ao final da luta, como não tinha um plano ou objetivo, iria pedir que ele me empregasse em sua maravilhosa loja, talvez até mesmo seguirmos uma aventura juntos; porém, o destino tinha outras cartas em sua manga. Durante a batalha eu tive uma lembrança de meu pai, a qual decidi suprimir no momento por razões óbvias, porém ela novamente me intriga com sua complexidade. Trata-se de uma recordação de um tempo antes da sua morte.

De noite, eu me levanto da minha cama, provavelmente de madrugada, um pouco antes do nascer do Sol. Meu pai está acordado fazendo suas coisas, porém em um momento tão inoportuno quanto esse? O que valeria tanto quanto seu tão precioso descanso? Não deixo de notar que há vários papéis pela mesa, e ele certamente parece cansado, talvez até mesmo assustado, vendo pelo seu rosto.

"O que o senhor ta fazendo tão tarde da noite meu pai?" - disse eu com
sono extremo, mal prestava atenção em minhas palavras ou resposta.

"Filho, talvez chegue um tempo em que você terá que se virar sozinho; seu treino não está totalmente terminado, porém eu temo que não viverei mais tanto tempo. A morte está batendo em minha porta, e eu não posso fazer nada senão atender."

"Que conversa é essa? O que ta acontecendo?" - questionei, ainda mole por causa do sono.

"Vá dormir, filho, quando você se amadurecer irá entender tudo." - ele disse, e logo em seguida obedeci sua ordem, voltando para o profundo sono.


Quando acordei de meu sono, mal lembrava da noite anterior, então apenas desconsiderei na época, mas agora eu percebo que aquilo poderia significar algo. Existia alguma coisa importante naqueles papéis certamente, e a morte dele possui mais por trás do que eu imaginava. Minha missão agora é investigar isso, começando pelo lugar mais óbvio, minha casa.

Infelizmente meu tempo com o Chefinho chegou ao fim, agora um novo tempo vai vir, eu vou investigar a morte de meu pai, e se eu estiver certo, pegar os assassinos que tiraram a vida dele anos atrás.

Eu vou vingar o meu pai!

~FEEDBACK~

Visando uma maior qualidade nas orientações, a Staff gostaria de saber a opinião do que achou do orientador em que teve a responsabilidade de narrar. É uma pergunta básica que deve ser respondida com sinceridade, ajudando bastante a qualidade de orientação dos orientadores, afinal os mesmos saberão onde estão indo bem, pecando e assim melhorando gradativamente. Então a questão é a seguinte: "O orientador demonstrou um regular/bom/ótimo trabalho? Desde a parte de tirar dúvidas, as dicas, o carisma do orientador com você (principalmente a atenção que foi dada durante a mini-aventura), o desenrolar dela e por fim se reconheceu uma maior clareza do sistema narrativo."
Opinião: O Makei desde o começo foi um ótimo orientador, me orientou de maneira ótima e me fez entender bem o sistema do fórum. Ele também puxou minha orelha quando necessário, me deu dicas e me ajudou muito tanto aqui quanto no discord. Apesar de ele demorar um pouco pra postar (como ele mesmo disse kkkkk), não acho que isso tenha influenciado negativamente, para mim foi até bom pois me deu mais tempo pra pensar e estudar o fórum. No geral, gostei bastante da experiência de ser orientado por ele, e se eu conseguir me tornar um bom jogador eu devo tudo a ele.

Att, Equipe One Piece RPG