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Kiomaro Narrador
Créditos : 7Warn : Data de inscrição : 25/02/2015 Idade : 21 Localização : brasilia
Assunto: Re: Capítulo I: Meu nome é Cory Atom! Filho de Kouha Atom Seg 24 Fev 2020, 22:38
O primeiro passo é o mais difícil
Tá querendo morrer garoto? Essas foram as primeiras palavras que aquele convencido do Kouha…Quer dizer Pai! Havia me dito. Confesso que me traziam saudade da época em que tudo era seco em Yakira town, era talvez a única lembrança gostosa que tinha daquela época sem contar, claro, os lindos artesanatos da minha mãe. "Ah como eram belos os colares e também as pulseiras, queria ter tomado um das mãos de Nero antes de partir daquela cidade para sempre…" pensava enquanto buscaria o anel na sua mão direita que roubou de Nero naquela mesma época. Não sabia exatamente porque que aquelas lembranças vinham na cabeça, não era tempo de olhar pro passado e sim para o futuro! Afinal era a primeira vez que pisava em Toroa Island. Já tinha lido em algum lugar o quão vistosa era a ilha mas jamais atracado nela então era inevitável a confusão. "Acho que vou precisar fazer alguns contatos, onde será que moram os ricos dessa ilha? Será que eles são fáceis de enganar igual os amigos do meu pai? Esse negócio de vida nova é um tanto complicado"
Eu havia ensaiado esse dia na minha cabeça milhares e milhares de vezes, eu deveria primeiro conhecer um bom ferreiro, o lado bom de viver com ladrões a vida inteira é saber com quem comprar uma boa arma, lugares muito movimentados normalmente não dão bom negócio, mas conversando com as pessoas certas sempre há um desconto bom pela cidade. Meu próximo passo então seria começar a criar meu próprio nome com um assalto exemplar naquela cidade pondo em prática esses 7 anos de treino, só precisava de um tempo para pensar nos detalhes e também no meu alvo . "Cory Atom! Acho que soa bem melhor que Kouha Atom, aquele velho não vai poder se gabar de ser o melhor ladrão do continente por muito tempo"
Eu olharia em volta e para céu verificando como estava o tempo naquele dia de recomeço tão especial, analisaria também o caminhar dos civis e suas roupas tentando localizar algum nobre ou alguém ligado ao mercado negro, de forma calma e discreta ."para onde vocês vão? O que será que estão pensando, porque tanta pressa ou tanta calma, será que alguém aqui vai poder me ajudar a comprar uma arma decente?'' Caso notasse alguma pessoa me colocaria a segui-la até seu destino final ignorando qualquer outro civil e uma vez descobrindo seu destino voltaria a observar o movimento para melhor planejar meu próximo passo.
Se eu estivesse em um lugar sem movimento algum de civis eu caminharia lentamente olhando para ambos os lados tentando procurar alguma espécie de comércio ou ponto de venda de mercadorias procurando placas ou jornais jogados no chão para obter alguma informação sobre a cidade. "Nossa! Que cidade deserta, na verdade o deserto de Yakira era um pouco mais movimentado que isso..."
Caso eu estivesse em um local fechado procuraria uma forma de sair de lá, uma porta caso estivesse aberta ou trancada e eu tivesse a chave ou uma janela caso eu não tivesse a chave. Porém se eu estivesse hospedado em algum hotel iria até a entrada onde talvez houvesse um balcão de recepção e diria a pessoa que estivesse lá, tentando soar o mais amigável possível. "Muito obrigado por me acolher aqui, você saberia me dizer aonde eu posso encontrar um lugar bem movimentado? Sou novo na cidade e queria conhecer pessoas novas". Se essa pessoa soubesse eu seguiria na direção indicada e se não soubesse repetiria a pergunta para outra pessoa "certo, muito obrigado" agradecendo antes de dar as costas a pessoa para não soar deselegante.
Objetivos:
- conseguir uma arma - planejar um roubo na cidade - conhecer algum npc ligado ao mercado negro da cidade - aprende a perícia atuação
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Última edição por Kiomaro em Dom 28 Jun 2020, 23:41, editado 1 vez(es)
Oni Pirata
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Assunto: Re: Capítulo I: Meu nome é Cory Atom! Filho de Kouha Atom Ter 25 Fev 2020, 10:52
Narração - Cory Atom
Cerca de quarenta minutos antes Cory Atom havia abraçado Kouha Atom em sua despedida. Pela velocidade que o piloto de fuga do navio possuía, Cory sabia que eles poderiam muito bem estar em qualquer lugar do mundo. Seu ombro esquerdo ainda estava molhado com o que talvez fossem lágrimas. Seu pai orgulhoso não teria chorado na despedida... Ou sim? Talvez algo tivesse caído em seu ombro...
Cory caminhava por Toroa Island extasiado com a vista e os perfumes do lugar. Uma colossal montanha podia ser vista próxima à cidade, de onde um rio descia suavemente na direção da própria cidade. Conforme caminhava devagar não pôde deixar de notar como a arquitetura era impressionante: Praticamente sem ladeiras e com o chão absolutamente liso o porto da cidade era um dos mais organizados que já havia visto. Talvez fosse o cheiro indescritível que lhe trazia calma, ou até mesmo o clima ameno e ensolarado que fazia no porto, mas se o bandido pudesse roubar a cidade e pô-la em uma garrafa tinha certeza de que poderia vender sem aplicar golpes e permanecer rico, tamanho era seu valor.
Com seus olhos perspicazes parou de caminhar um instante e começou a observar ao seu redor. Estava no porto de Toroa Island, em uma região em que podia ver uma grande movimentação de pessoas - a cidade era bem populosa - de diversos tipos. Era difícil distinguir os nobres em uma cidade tão rica. Cory podia apenas distinguir os trabalhadores braçais e os atendentes do resto da cidade pela função que estavam fazendo, e no mais podia tentar imaginar a classe social das pessoas pelo local que elas frequentavam. Ali em Toroa Port, por exemplo, ele podia enxergar o Banco Mundial de onde pessoas com um poder aquisitivo relativamente alto saíam; uma placa imensa de uma agência de turismo chamada Vem Ver Toroa de onde diversas pessoas vestidas como turistas entravam e saíam constantemente sendo guiadas por funcionários do local - Por aqui... Por aqui... O navio turístico para verem o alto mar é logo ali...; a estação de Zepelim de onde ele podia ver um belíssimo modelo aéreo aportando na ilha e, finalmente, o local para onde seus olhos de gatuno mais foram atraídos: O Rose Pub. É bem sabido que a maior parte das aventuras começam em bares, e o Rose Pub tinha indícios ainda mais graves de aventura. O bar tinha uma equipe enorme de seguranças que não pareciam ser fáceis de se lidar em um combate, além de alguns funcionários que caminhavam com paletós e gravatas e um olhar muito sério, atento e distante. Seguiu com os olhos um deles, que tinha jeito de segurança mas que, entretanto, não parecia estar à vigília de nada em específico.
O homem caminhou na direção de um beco, e Cory quase o perdeu no meio da multidão. O gatuno passou na frente do Q.G da Marinha de Toroa Island e seguiu o homem na direção do centro da cidade.
Ainda no porto, um pouco antes do centro, o homem de paletó e gravata que havia saído do Rose Pub entrou em um estabelecimento sujo que ficava no fundo de um beco. Uma placa de ferro meio enferrujada e com um pouco de musgo nas bordas nomeava o local: Bar Atividades Legais.
Via pessoas entrando no bar desarmadas e saindo do beco com armas em punho. Talvez aquele fosse seu caminho.
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Assunto: Re: Capítulo I: Meu nome é Cory Atom! Filho de Kouha Atom Qua 26 Fev 2020, 15:35
O clima da cidade era ainda mais agradável que a minha imaginação conseguia prever. O aroma da cidade tinha algo de único que jamais conseguiria explicar, era algo de macio e ao mesmo tempo doce. Me impressiona o fato do perfume ser percebido pelo olfato mas a doçura e a maciez serem atribuídas por outros sentidos, era como se todo meu corpo se entregasse a sensação que aquela cidade proporcionava apenas com seu aroma. Não podia deixar de reparar, é claro, na geografia da ilha e organização da arquitetura, era como se tivesse sido planejada desde o momento que emergiu das profundezas do oceano por um arquiteto milenar e de muito bom gosto. "Quem sabe eu roube essa ilha pra mim algum, mas não seria tolo a ponto de revender essa maravilha paradisíaca, trancaria ela a sete chaves e esconderia do mundo talvez…"
"Nossa! Por um momento quase me esqueci da minha missão, preciso prestar atenção no momento e nas pessoas e… Espera, por que meu ombro está úmido?". Foi então que parei no meio mesmo daquele Porto e foquei em analisar o movimento daqueles transeuntes aglomerados, eu não sabia exatamente o motivo do meu ombro estar úmido daquela forma, certamente não foi meu pai, nunca tinha visto ele chorar na vida, exceto é claro em uma de nossas viagens quando o cretino tentou seduzir uma moça muito rica no south blue e levou um chute no meio do escroto, aquela moça pareceu não gostar muito da sua charlatagem. "Droga! Pensando no passado de novo, foco Cory! Foco!"
Era impressionante como era difícil distinguir a classe social das pessoas naquela ilha, todos pareciam arrumados e viverem bem. Havia um banco muito chamativo onde provavelmente os frequentadores tinham maior poder aquisitivo porém esses empresários sempre andam preparados para não serem enganados por qualquer um enquanto aqueles turistas são sempre muito inocentes, fascinados com a beleza da ilha jamais esperam um golpe e quando se dão conta já perderam todo seu dinheiro talvez fosse até um pouco fácil demais...
Mas o que era mais chamativo para mim dentre todas as possibilidades que aquela cidade proporcionava era o "Rose Pub", ver todos aqueles guardas focados em defender a integridade do ambiente trazia uma vontade enorme de usá-los de marionete para um futuro golpe naquele lugar. Porem um combate direto com eles seria obrigatoriamente suicídio, havia aprendido isso a alguns anos atrás… teria que planejar o golpe com cautela, analisar bem as falhas na segurança e o comportamento dos guardas deveria ser o primeiro passo
Notei que um daquele guardas focados não parecia tão focados assim, era como se estivesse a procura de alguma coisa ou alguém e só esperando uma brecha para ir embora, foi quando ele deixou seu posto como segurança e caminhou em direção a um beco. Naquele momento vários pensamentos passaram pela minha cabeça "porque será que ele largou o seu posto assim tão de imediato? Teria marcado um encontro com alguém ou simplesmente cansado de vigiar? É muito estranho… talvez eu deva segui-lo" enquanto pensava minhas pernas movidas pela minha curiosidade já estavam seguindo o homem no meio da multidão tão grande que quase o perdi de vista. Depois dessa pequena caçada vi que o homem havia entrado em um estabelecimento sujo nada parecido com o que via no porto organizado, mas ainda assim gostava do local, parecia exatamente o que eu procurava pois via pessoas saindo de lá armadas. ''nossa mas que conveniente!"
Vi numa placa que o local se chamava Bar atividades legais, mas que atividades seriam essas? Novamente minha curiosidade movia meu instinto a querer entrar naquele bar sujo. Tentaria entrar no bar controlando minhas emoções e curiosidade e daria uma boa analisada nas pessoas que estavam lá dentro e já tentando localizar o vendedor de armas também, era um boa chance de fazer alguns contatos naquela cidade rica.
Procuraria também o segurança e caso o encontra-se fingiria nunca tê-lo visto na vida iniciando uma conversa de bar que não soasse pretensiosa, numa tentativa de sanar minha curiosidade quanto a ambição do segurança em sair de repente do trabalho -rapaz… essa cidade é uma das mais lindas que eu já visitei, mas é bom saber que também existem locais mais populares como esse diferente daquele Rose Pub mais no centro, que lugar metido a besta cê num acha?- esperaria pela resposta do sujeito e caso ele concordasse comigo prosseguiria a conversa - que bom saber que mais alguém nessa cidade pensa assim como eu, o ar fresco daqui é realmente ótimo, mas nada como o conforto de um bar junto dos seus pares num é mesmo?- esperaria novamente a resposta do segurança enquanto acompanharia sua linguagem corporal, caso ele risse, riria junto, caso ficasse pensativo ou calasse faria também o mesmo tentando dessa maneira estabelecer uma conexão com aquele homem. Não prolongaria muito a conversa pois não estava a procura de um amigo e sim de uma arma, iria me despedir com um aperto de mão e dizendo pela primeira vez meu novo nome -obrigado pela conversa, meu nome é Cory, Cory Atom, e você como se chama?- Assim que ouvisse o nome do sujeito daria de costas a procura de comprar uma arma.
Caso o segurança não concordasse comigo sobre o Rose Pub ser um lugar muito requintado e dissesse preferi-lo eu apenas diria com um pouco de decepção -ah… entendo, algumas pessoas preferem as mordomias da cidade, o que aquele lugar tem de tão bom afinal?-
Quando terminasse de conversar com o segurança ou simplesmente não o encontra-se eu iria até meu objetivo principal, uma arma, sempre preferi facas e adagas a outras armas de corte, elas são ágeis e não chamam atenção, além de serem fácil de esconder. Iria até o vendedor de armas caso o encontra-se e tentaria iniciar uma barganha - olá, eu estou querendo uma adaga, a mais simples que estiver disponível, estou disposto a pagar até 24 mil berris por ela, como podemos negociar para chegar nesse preço?- ouviria atentamente sua proposta. Caso ele não estivesse interessado em barganhar iria procurar outro lugar para comprar a arma, "esse é tipo de pessoa que eu mais detesto, inflexíveis, como posso manipular alguém que não dá brechas para isso?"
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Assunto: Re: Capítulo I: Meu nome é Cory Atom! Filho de Kouha Atom Qua 26 Fev 2020, 17:54
Narração - Cory Atom
Cory entrou através do beco feito por um corredor estreito, com apenas uma porta com uma placa suja de musgo e um gigantesco contêiner de lixo mais ao fundo do corredor. Embora achasse conveniente ter percebido as pessoas terem saído da loja armadas e entrado desarmadas, a realidade é que aquela região escondida da cidade não era do tipo que apareceria em nenhuma rota da VVT e de seus guias turísticos: Aquele era o lado oculto que apenas conseguia perceber graças às suas habilidades submundanas.
Empurrou a porta pesada e imunda do Bar Atividades Legais e percebeu que o nome do bar era o único esforço feito para disfarçar as atividades ilegais.
Diversos homens com trejeitos de marujo se espalhavam pelo bar mal-iluminado. Em cerca de cinco mesas cerca de trinta homens se espalhavam, sendo que a maioria - cerca de 15 - cercavam, alguns sentados e outros em pé, uma mesa onde um jogo de cartas acontecia. Aquela era a mesa mais barulhenta de todas. Em outras mesas era possível ver homens se envolvendo com o que pareciam ser acompanhante pagas, cerca de três mulheres para cada homem. Dentre as coisas que chamaram a atenção do gatuno além do caos instaurado no bar imundo estavam um homem na área mais longínqua e escura do bar sentado absolutamente sozinho, vestindo um manto que cobria seu rosto e com um chapéu de cowboy; e uma mesa ao lado de uma goteira onde uma criança estava em pé em cima de uma cadeira, com diversos tipos de armas dispostos sobre a mesa. Alguns dos homens do bar cercavam a criança e tentavam negociar por armas.
A falta de janelas e a iluminação feita por candelabros eram na verdade a maior proteção que ele tinha para esconder suas atividades suspeitas.
Após observar o bar por cima, Atom se dirigiu para o balcão onde o homem de paletó e gravata estava em pé, como se esperasse o atendente voltar com sua bebida.
- Rapaz… essa cidade é uma das mais lindas que eu já visitei, mas é bom saber que também existem locais mais populares como esse diferente daquele Rose Pub mais no centro, que lugar metido a besta cê num acha? - Seu tom simpático foi respondido por uma frieza implacável. O homem de paletó e gravata estava com um chapéu sobre sua cabeça, do tipo bem comum entre mafiosos. A escuridão do bar mais a sombra do chapéu tampavam seu rosto, e o seu corpo de altura mediana com traços medianos lhe davam um ar absoluto de figurante. Do tipo sem características marcantes e que não chama atenção. O homem apenas encarou-o com seu rosto feito de escuridão e voltou a encarar o balcão, esperando ser atendido. - Obrigado pela conversa, meu nome é Cory, Cory Atom, e você como se chama?
- Da próxima vez, garoto... - Disse em um tom difícil de distinguir devido à frieza e ao barulho no bar. - Ao menos peça uma bebida antes de começar a conversa fiada.. - O homem recusou o aperto de mão.
O atendente do bar levantou o balcão revelando uma passagem, e o segurança adentrou por uma porta que ficava entre as prateleiras de bebida, na zona interna do bar. Passos calculados e lentos foram dados na direção da escuridão, conforme o homem ajeitava o chapéu e sumia para resolver o que pareciam ser negócios.
Deixado no ar, Cory caminhou na direção do garoto que vendia armas. Mesmo estando ali havia menos de cinco minutos, teve de se desviar de dois homens que brigavam no chão provavelmente por causa do jogo de cartas no caminho até o garoto.
- Olá, eu estou querendo uma adaga, a mais simples que estiver disponível, estou disposto a pagar até 24 mil berris por ela, como podemos negociar para chegar nesse preço?
- Tanto faz, são todas roubadas kikikiki - Fez o garoto de boné que mostrava um riso na pouca luz do bar. - Você disse que era Cory Atom? Como em Kouha Atom?!? - O garoto entregava a adaga para Cory e recebia os 24.000 B$.
Neste meio tempo o segurança sombrio saiu do balcão e caminhou na direção de Cory, com passadas desta vez mais rápidas e sonoras. No meio do caminho, conforme andava com o queixo erguido e de forma nobre e pedante, deparou-se com os dois homens brigando. Ambos pararam de brigar imediatamente e abriram caminho para o homem sem que este desse uma só palavra.
Uma vez próximo, o homem tirou a luva e com a mão desnuda puxou do bolso um cartão. Em letras itálicas o cartão dizia Famiglia Profiacce - Newberry City
- Me desculpe pela minha atitude de mais cedo. Pensei que você fosse um dos doze competidores, mas acabo de confirmar que não. - Ofereceu o cartão para que Cory pegasse - Aqui está um cartão de contato para caso queira trabalhar conosco, como forma de compensar. Você ainda tem muito o que aprender. - O agora confirmado mafioso deixava o cartão em cima da mesa e saía andando.
Pela mesma porta em que saía o mafioso, o homem armado que o jovem gatuno havia visto sair do beco anteriormente entrava novamente. - MOLEQUE DESGRAÇADO! Você vendeu minha própria espada de volta pra mim! - O homem possuía cabelos vermelhos e espetados, e parecia estar bastante bêbado.
- Oh, não! O idiota percebeu cedo demais! - Segurava o boné para baixo com força e com as duas mãos em desespero. - Me salve, Cory! Eu vou morrer! - Encarava de volta o bandido.
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Bar atividades legais… Parecia a piada mais óbvia de todas, ao menos havia certo bom gosto na decoração do lugar. Todo o caos, iluminação pobre, sujeira e gritaria exagerada me eram familiar e até nostálgicas de certo modo. Passava horas com os amigos de Kouha naquela mesma rotina dos bares vendo eles se divertirem enquanto treinava com a adaga em um canto ou simplesmente lia um livro, mas confesso que era a primeira vez que via um menino tão jovem negociando tão bem com aquelas maus elementos, aquilo me fazia lembrar de um outro jovem comerciante em uma cidade deserta no West Blue….
Não demorou muito para que eu encontrasse o segurança que na verdade agora de perto parecia muito mais um mafioso e me dirigisse até ele com esperança de obter alguma informação sobre aquele Pub com uma conversa amigável.
-na próxima vez garoto…Ao menos peça uma bebida antes de começar a conversa fiada.
"Ok! Anotado senhor filho da… da próxima vez lembrarei com certeza dá bebida, e do veneno é claro, esse seu chapéu ficaria muito bonito na minha cabeça…" embora meu corpo não demonstrasse nenhum sinal de raiva minha mente não conseguia não se sentir ofendida com tamanha ignorância daquele sujeito, ainda tentei comprimenta-lo mas a frieza do miserável era implacável, inflexível, malditos sejam os inflexíveis e seus códigos de conduta de merda!
Ele saia de cena indo pra uma espécie de corredor escuro no interior do bar, eu até iria atrás dele porém tinha outros assuntos a resolver com aquele menino peculiar em cima da cadeira.
-Tanto faz, são todas roubadas mesmo kikikikiki
Me perguntava se tinha sido ele mesmo que roubou as armas ou ele simplesmente as revendia. De qualquer forma ainda era muito peculiar, eu até tentaria extorquir mais o garoto mas fiquei tão impressionado que 24 mil berris parecia justo para mim pela adaga.
-Voce disse Cory Atom? Como em Kouha Atom?
O menino disse essas palavras enquanto me entregava a adaga e pegava seu dinheiro justo não tão junto assim. Fiquei um tanto quanto curioso com aquilo, era fato que meu pai viajava muito e por isso talvez fosse conhecido em uma cidade ou outra mas o menino falava "em Kouha Atom" como se fosse um livro ou uma história popular… aquilo era impossível! Eu convivi 7 anos com aquele convencido, tempo suficiente para saber que aquelas história sobre ser o maior ladrão do continente eram alucinações, uma fantasia que eu até acreditava na infância mas quando cresci percebi que era só uma brincadeira que somente ele acreditava. Afinal, como nunca havia visto em lugar algum sobre seus feitos? Porque nenhum dos amigos dele havia me dito? Aquela criança era a chave para essa minha curiosidade existencial, não podia sair daquele estabelecimento enquanto não obtivesse algum esclarecimento quanto aquilo.
Enquanto ainda estava chocado com as palavras do menino o mafioso inflexível resolveu sair da sua sala secreta interrompendo uma briga muito interessante no meio do chão do bar com sua presença intimidadora.
-me desculpa minha atitude mais cedo, pensei que fosse um dos doze competidores, mas acabo de descobrir que não.
"Doze o que? Por que tudo nesse bar parece querer induzir minha curiosidade?" Já estava prestes a explodir com o que o garoto havia dito e agora esse mafioso que agora não achava tão inflexível assim resolve adicionar mais um item na minha lista de preocupações
-aqui está meu contato, caso queira trabalhar conosco, como forma de compensar.
'' pode ter certeza que vou atrás de você senhor...Profiacce? Agora trabalhar pra você, bem isso vamos conversar depois que eu resolver esse assunto familiar aqui" pensava enquanto o homem ia embora trazendo consigo um homem com um cabelo bem fora de moda.
-MOLEQUE DESGRAÇADO! Você vendeu minha própria espada de volta pra mim!
O homem deixava transparecer sua intenção assassina com aquela voz e postura de quem claramente não estava conseguindo sequer manter-se em pé de tão bêbado. Em uma situação normal não ligaria muito para a vida do garoto, talvez até incentivasse a briga para poder recuperar meu dinheiro e roubar alguns equipamentos extras, mas o menino tinha uma informação valiosa para mim, como poderia eu ser o maior ladrão do continente sem conhecer a fundo a história daquele que se dizia ser? Naquele momento a vida do menino valia mais que a minha própria vida!
-Me salva, Cory! Eu vou morrer!
-Nao precisa dizer duas vezes garoto! Mas quero saber tudo sobre esse tal Kouha Atom que você falou agora a pouco…" diria com os olhos voltados para o garoto postura ereta e queixo levantado, assim como Kouha havia me ensinado milhares de vezes, tentando manter meu corpo entre o garoto e o bêbado irritado. Rapidamente voltaria minha atenção inteiramente ao bêbado, apontando minha adaga bem no meio da sua testa e diria numa tentativa de não precisar usar a violência com um tom de voz sarcástico -infelizmente não posso deixá-lo atacar o garoto, não é por mal, eu adoraria ver você quebrando esse moleque no meio, mas ele tem uma coisa muito valiosa para mim dentro da cabeça dele, então preciso que ela esteja no lugar-
Não esperava que aquilo fosse fazê-lo mudar de ideia, gente bêbada é ainda mais inflexível que mafiosos com seus códigos e segredos e cartões de contatos malditos.
Meu pai sempre me dizia em nossos treinamentos, "Jamais perca o controle de suas emoções em um combate! Um inimigo exaltado é um livro aberto pronto para ser lido, seus movimentos se tornam previsíveis mesmo que pareçam aleatórios" estava na hora de botar em prática esse ensinamento. Iria tentar ao máximo perceber os padrões de respiração daquele sujeito, tentaria perceber também sua postura, a forma com que segurava a espada aquilo me daria uma base de como reagir ao seu ataque.
Caso fosse um ataque de cima para baixo tentaria esquivar para a direita em direção ao agressor, tentando contornar pelas costas para rende-lo com a adaga em sua garganta - já chega disso, larga a espada ou eu não terei piedade com você- diria em tom de advertência e apertando com força a adaga contra seu pescoço demonstrando minha intenção em mata-lo caso necessário. Caso insistisse em continuar a briga, degolaria o bêbado sem muita cerimônia, um inimigo que não aceitasse a rendição naquela situação não merecia ser poupado. Mas caso ele aceitasse a rendição e largasse a espada eu chutaria ela de volta para o garoto e mandaria o homem embora do bar de imediato -Agora suma! Quero você e seu cabelo fora de época longe desse garoto entendeu?!- diria em voz alta ao mesmo tempo em deboche.
Agora caso ele viesse com um ataque vertical ou transversal iria desviar com um pequeno salto para trás esperando que ele perdesse o equilíbrio ao desferir um golpe com toda força nesse ângulo que permite tantas aberturas, assim que percebesse a falha na postura do sujeito iria rapidamente apunhalar-lo de cima para baixo na sua mão predominante para que não pudesse mais segurar a espada e chutando-a de volta para o garoto. Caso ele insistisse em lutar de mãos vazias iria continuar infligindo estocadas superficiais com a adaga até que ele desistisse da luta para então exigir que ele se retirasse daquela bar usando aquelas mesmas palavras.
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Última edição por Kiomaro em Dom 28 Jun 2020, 23:43, editado 1 vez(es)
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Assunto: Re: Capítulo I: Meu nome é Cory Atom! Filho de Kouha Atom Sab 29 Fev 2020, 16:23
Narração - Cory Atom
O herói improvável, Cory Atom, surgia armado para defender o garoto indefeso. A luz dos candelabros fazia sua lâmina brilhar forte naquela escuridão. Do outro lado da sala, a lâmina do espadachim brilhava de volta para ele, ameaçadora. A cena certamente seria épica, não fossem a falta de moralidade e os interesses envolvidos. Nada de criança inocente, herói justo ou vilão poderoso. Apenas mais uma confusão risível e nada romântica na vida de um gatuno.
-Nao precisa dizer duas vezes garoto! Mas quero saber tudo sobre esse tal Kouha Atom que você falou agora a pouco…
- Sim.. Sim..! Eu te falo tudo! - Seu tom era de urgência - Só me salva logo, por favor!
O herói irreverente se punha entre o ladrãozinho e o bêbado, apontando a arma na direção de sua testa.
-Infelizmente não posso deixá-lo atacar o garoto, não é por mal, eu adoraria ver você quebrando esse moleque no meio, mas ele tem uma coisa muito valiosa para mim dentro da cabeça dele, então preciso que ela esteja no lugar-
- O quê? - O idiota corria na direção de Cory, que tentava ler sua respiração e suas posturas de combate, mas tal tarefa era muito mais difícil em uma situação tão dinâmica e em um ambiente tão pouco iluminado. Para a surpresa do gatuno, o homem desferia um ataque que não era nem vertical e nem mesmo transversal, mas bastante horizontal. Com um movimento de cintura e de ambos os braços segurando o cabo da arma o homem jogava todo o peso do seu corpo em um ataque contra Atom, que, surpreendido, quase não conseguia saltar para trás e recebia um talho na forma de um arranhão na barriga. - MORRA, DESGRAÇADO! - Vociferava o ridículo bêbado babão.
O espadachim se direcionava novamente na direção de Cory, desta vez com um ataque vertical de cima para baixo. O último ataque certamente teria dado um estrago no corpo do ladrão, não fosse a embriaguez de seu oponente. Agora mais atento, observava enquanto o aço era despejado em sua direção reluzente no contraste da pouca luz do bar.
Com um passo para a direita, a luz da lâmina acertava o nada e afundava na madeira do bar. Algumas passadas rápidas e o oponente estava rendido, com uma faca na garganta, sem forças para responder graças à embriaguez. Uma gota de sangue escorria acima do umbigo do moreno. - Já chega disso, larga a espada ou eu não terei piedade com você - Não era o melhor na arte de intimidar, mas sua adaga fazia esta parte por ele. O homem soltou a espada e o som do cabo da arma foi ouvido conforme ela deslizava na direção do ladrãozinho.
-Agora suma! Quero você e seu cabelo fora de época longe desse garoto entendeu?! - O embriagado saía correndo para longe do bar os tropeções.
Um silêncio estranho preenchia o ambiente.
Até que todos os bêbados começaram a gargalhar da cena ridícula.
- Gostei de você, garoto! HAHAHAHA! - Dizia um dos homens que estava brigando, mas logo tomava um soco na cara. - Eu também gostei dele mas temos coisas para resolver!
O ambiente do bar voltava a como era antes e o garoto se aproximava de Cory.
- Hehehe... Muito obrigado! - Dizia o menor. - Sobre Kouha Atom, eu sou um grande fã de ladrões famosos, e por isso sei bastante sobre todos eles... Mas se quiser qualquer informação vai te custar cinco mil berries! - Como se não houvesse acabado de cobrar seu salvador, o garoto segurava a espada que haviam recuperado por ele e a juntava com suas outras armas, novamente à venda. - Negócios são negócios...
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Créditos : 7Warn : Data de inscrição : 25/02/2015 Idade : 21 Localização : brasilia
Assunto: Re: Capítulo I: Meu nome é Cory Atom! Filho de Kouha Atom Dom 01 Mar 2020, 19:47
COMO NOSSOS PAIS
“Manipulação... A arte de induzir outras pessoas a fazer aquilo que você quer. Por meio da persuasão, você convence que a sua ideia é mais válida que a ideia que elas têm. Há várias formas de se persuadir alguém, tortura, sedução, chantagem, carisma mas o resultado é sempre o mesmo, não importa a força, a agilidade, a esperteza ou a fidelidade, todas as pessoas tem fraquezas, todas cedem a determinada pressão, todas podem ser subjugadas. A vontade de uma pessoa é somente aquilo que ela quer e que ela é ensinada a querer, nada mais”. Refletia sobre esse pequeno ensinamento de Kouha, pai, tanto faz, quando me via encurralado ou quando sentia que tentavam me passar a perna, em menos de 5 minutos havia sentido ambas sensações, aquele dia estava cada vez mais agitado...
A luta com o bêbado tinha sido mais fácil do que pensei que seria, embora não tivesse conseguido seguir o conselho sobre combates de Kouha e isso tenha me custado um belo corte na barriga “Ai isso arde! Espero que a lamina velha daquele idiota não estivesse enferrujada”. Iria dar uma boa olhada na minha barriga e na profundidade daquele corte, também no estado da minha camisa. “Espero que não tenha rasgado muito, seria um saco ter que trocar de camisa...”
Confesso que fiquei um pouco convencido com a reação das pessoas no bar, era otimo ouvir as risadas e os comentarios, sentia quase que uma vontade de rir e acenar para eles como se fossem uma plateia satisfeita com o espetaculo. “Espera! Isso é coisa que o miseravel do Kouha faria... Droga, mesmo que a gente ache ruim e tente negar somos muito parecidos com nossos pais”. Mesmo sentindo aquela sensação esquisita de satisfação com a reação das pessoas, tentaria não esboçar muita reação quanto a elas, tentando focar exclusivamente no garoto e sua traição ridicula.
- Sobre Kouha Atom, eu sou um grande fã de ladrões famosos, e por isso sei bastante sobre todos eles... Mas se quiser qualquer informação vai te custar cinco mil berries! -
“Que moleque manipulador e miserável! Eu vou...”. Foi quando me dei conta que faria o mesmo na situação dele, “obvio! Ele já salvou minha vida e deixou claro que precisa de mim, então não vai me matar, então porque não arrancar um pouco mais de dinheiro dele?”. Eu pensaria exatamente isso no lugar dele, não podia negar que aquele menino tinha talento... Mas eu sou Cory Atom! Não há ninguém nesse mundo capaz de passar a perna nesse que vai ser o novo maior ladrão do continente! “Porcaria pensei igual ao velho de novo!”
Analisando as ações do menino até o presente momento eu conseguia reparar duas coisas que ele gostava muito, dinheiro e ladrões. Dar dinheiro pra ele não era nem de longe a minha decima opção, então poderia talvez tentar uma troca diferente com o garoto. - Você é bem espertinho em... Vejo que gosta muito de dinheiro e ladrões também e eu concordo com você, “negócios são negócios”- diria olhando para baixo com uma linguagem corporal que demonstrasse tranquilidade como se estivesse nem um pouco irritado com fato do garoto ter-lhe passado a perna, enquanto guardava a adaga no bolso espaçoso do meu casaco de plumas aberto e recolheria o cartão que o mafioso havia deixado na mesa pois iria contata-lo em algum momento, pegaria também do bolso 5 mil berris e deixaria sob a mesa para começar os negócios com a criança. -Então aqui estão! 5 mil berris pode pegar são suas, a menos é claro que esteja interessado em algo muito mais valioso que esse monte de círculos de metal...- Diria em um tom que soasse respeitoso e ao mesmo tempo despertasse curiosidade no garoto, com um sorriso manipulador, daqueles que não deixam os dentes a mostra, e um olhar fixo no dele, tombando a cabeça levemente para o lado como se procurasse algo no rosto dele, alguma reação de curiosidade em relação aquela pessoa que tinha o mesmo sobrenome que o herói que ele conhecia melhor que eu.
Caso o garoto se interessasse em ouvir eu logo recolheria o dinheiro da mesa guardando-o no mesmo bolso que o retirei. -Permita-me apresentar melhor, meu nome é Cory Atom e eu sou filho de Kouha Atom. Eu viajei com aquele idi... Pai! Durante 7 anos, anos esses que ele me ensinou toda sua filosofia e suas tecnicas de assalto, mas nunca me disse absolutamente uma palavra sobre seu passado. Então que tal eu te contar o que eu sei sobre a forma com que ele pensava e em troca você me contar essas histórias tão famosas dele?- Diria ao garoto a minha proposta enquanto me afastaria da mesa para gesticular com as mãos para ilustrar minha revelação, meu tom de voz agora seria muito mais empolgante, esperaria ver uma reação à altura por parte da criança. Caso o menino não acreditasse então eu daria uma prova de que estava sendo sincero ao garoto. -Está vendo esse anel no meu dedo? Eu o roubei da mansão Capone junto com Kouha no dia que nos conhecemos, se você sabe tanto sobre as histórias dos ladrões certamente deve saber dessa história... Foram centenas de guardas atrás de nós, várias balas passando a nossa volta, mas Kouha correu comigo nas costas até o navio de fuga no rio Kakka, foi um dia bem divertido.- Diria com confiança enquanto apontaria pro anel em minha mão direita, provando que essa era a verdade e nada mais além da verdade para aquele garoto.-Certo, negócios são negócios, como você mesmo disse, então pode começar a me falar o que você sabe sobre Kouha e eu começo a te falar mais sobre ele depois...- Diria caso conseguisse fechar o acordo com o menino e tentaria achar uma cadeira não ocupada para me sentar próximo ao garoto e ouvir com atenção o que ele teria a dizer.
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Última edição por Kiomaro em Dom 28 Jun 2020, 23:45, editado 1 vez(es)
Oni Pirata
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Assunto: Re: Capítulo I: Meu nome é Cory Atom! Filho de Kouha Atom Ter 03 Mar 2020, 22:27
Narração - Cory Atom
A gota de sangue grudava na camisa de Cory, prendendo a camisa à sua pele e se espalhando de forma circular em toda a extensão da barriga na roupa. Mas ele não tinha tempo para ligar para a dor agora: o gatuno estava negociando.
- Você é bem espertinho em... Vejo que gosta muito de dinheiro e ladrões também e eu concordo com você, “negócios são negócios”- - O ladrãozinho cruzava os braços e se apoiava sobre a mesa, encarando o seu salvador com um olhar desconfiado, com um olho mais aberto do que o outro. Assim que os cinco mil berries caíram na mesa perdeu o olhar desconfiado e como se hipnotizado estivesse começou a levar a mão até o dinheiro. -Então aqui estão! 5 mil berris pode pegar são suas, a menos é claro que esteja interessado em algo muito mais valioso que esse monte de círculos de metal... - Para de levar a mão até o dinheiro e encarava Cory novamente com o olhar desconfiado. Voltava a levar a mão até o dinheiro. Parava novamente, e encarava Cory suspeitando dele mais uma vez. Até que a indecisão o fazia ficar ao mesmo tempo com a mão estendida para o dinheiro e encarando o negociador com olhar desconfiado.
Assim que Cory puxava o dinheiro suspirava triste e ouvia o que ele tinha a dizer.
-Permita-me apresentar melhor, meu nome é Cory Atom e eu sou filho de Kouha Atom. Eu viajei com aquele idi... Pai! Durante 7 anos, anos esses que ele me ensinou toda sua filosofia e suas tecnicas de assalto, mas nunca me disse absolutamente uma palavra sobre seu passado. Então que tal eu te contar o que eu sei sobre a forma com que ele pensava e em troca você me contar essas histórias tão famosas dele?
Tentando vestir sua pokerface para negociar e falhando, o garoto dava de ombros. Era uma forma de disfarçar a empolgação e fingir que a proposta dele era irrisória. Abaixar o preço. Mas a realidade é que seus olhos revelavam muita empolgação.
. -Está vendo esse anel no meu dedo? Eu o roubei da mansão Capone junto com Kouha no dia que nos conhecemos, se você sabe tanto sobre as histórias dos ladrões certamente deve saber dessa história... Foram centenas de guardas atrás de nós, várias balas passando a nossa volta, mas Kouha correu comigo nas costas até o navio de fuga no rio Kakka, foi um dia bem divertido. - Empolgado, o larapiozinho se aproximava do anel para encará-lo melhor. A surpresa em suas pupilas faziam Cory ver a si mesmo. .-Certo, negócios são negócios, como você mesmo disse, então pode começar a me falar o que você sabe sobre Kouha e eu começo a te falar mais sobre ele depois...
Tentando esfriar a empolgação, o jovemzinho se afastava e se encostava novamente na cadeira cruzando os braços e olhando para baixo com cara de quem não gostou. Os braços magrelos possuíam diversas feridas.
- Bem... Bem.. Eu acho que você teria de contar muito mais pra compensar uma história sequer minha... Tsc... - Interpretava para valorizar o produto. - Você sabe... Né... Se minhas palavras fossem escritas, elas seriam douradas!! Tudo que eu falo é ouro - Seu tom era lento e pedante. - Mas eu posso te contar sim algo sobre Kouha Atom... - Curvava-se para frente e seus olhos brilhavam conforme seu sorriso se alargava - Ele nunca foi tão forte quanto o Cowboy-boy, e nem tão esperto quanto A Gaivota.. Se ele fosse ardiloso como o Peixe-Podre certamente teria feito muito mais dinheiro... Mas ele tinha uma habilidade que ninguém mais tinha... E, sempre que podia, ele roubava algo que apenas os ladrões mais habilidosos conseguiam... - O garoto se articulava muito bem com as palavras, assim como Cory na infância. E, conforme já era esperado, se perdia em sua empolgação de contar a história e desarmava sua pokerface. - .... A cena! - Seus olhos brilhavam e ele abria as mãos desenhando um arco no ar com as duas. - Ele sempre fazia questão de aparecer de uma forma chamativa, e, sempre que fugia, era como se o cenário o ajudasse a escapar. O desgraçado sabia como dar um show... Mas nem sempre conseguia roubar conforme o plano. - Sorria profundamente, medindo a empolgação de Cory ao ouvir a história. - Mas o maior feito dele ainda foi vencer os outros 11, na Liga dos Ladrões. O que certamente o tornou um dos maiores ladrões de todo o continente... - A expressão do garoto mudou completamente. Ficou muito mais sério e sombrio. Olhou para baixo durante cerca de três segundos, como se relutasse em tomar uma decisão. - O que acha de participar da Liga? Eu sei de uma forma... - Sussurrava para Cory. -... Eu só preciso de um favor em troca... E talvez de cinco mil berries... - Sussurrava bem baixo e olhando para os lados. A parte sobre os cinco mil berries parecia até mesmo ter saído sem querer. Velhos hábitos.
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Assunto: Re: Capítulo I: Meu nome é Cory Atom! Filho de Kouha Atom Qua 04 Mar 2020, 23:10
Ouvia atentamente cada palavra do garoto. De certa forma aquilo era jogo, um jogo de manipulação. Eu tinha que estar atento, prestando atenção não somente no conteúdo valioso de suas falas, mas também na maneira como ele direcionava a conversa, haviam momentos que sentia como se soubesse qual seria sua próxima frase, ao mesmo tempo sabia que ele também sentia o mesmo comigo, aquilo era, na verdade, uma pequena guerra, uma batalha de interesses.
Uma sensação familiaridade me vinha a cabeça quanto o garoto pronunciava os nomes daqueles outros ladrões, tentava buscar na memória algum momento que tinha ouvido falar desses nomes, talvez um livro, ou senão uma conversa aleatória com Kouha e seus amigos mas nada me ocorria, aquilo me enchia de aflição pois estava excepcionalmente curioso em saber como eram as habilidades daqueles ladrões “droga minha memoria deve estar com defeito”.
“Roubar... A cena!” Isso era bem a cara mesmo do Kouha, embora não fosse muito revelador. Kouha tinha um jeito único de se colocar em cena, era quase se fosse um ator e isso facilitava muito nossos roubos ao redor do blues. - Você está correto quanto ao fato dele roubar a cena... Me lembro bem quando entramos disfarçados em uma festa luxuosa em Briss Kingdom. Ele subiu em cima de uma mesa fingindo embriagues e chamando atenção de todo mundo, inclusive dos seguranças, para dar brecha de entrarmos no quarto do anfitrião e roubar praticamente o quarto inteiro, só não levamos as paredes pela falta de praticidade...- Faria esse pequeno comentário ao garoto visando jogar nosso pequeno jogo de manipulação antes de responder sobre a liga e o favor “Vamos ignorar a parte das 5 mil berris ok?”.
Não era nada concreto, mas tinha uma leve certeza que aquele cartão que o mafioso havia me entregado me levaria a essa tal liga dos 12 que o menino comentou, afinal ele tinha dito alguma coisa sobre eu ser um dos doze, aquilo era no minimo coincidência demais. “Então eu não preciso mais desse moleque correto? ERRADO” As vozes da minha cabeça não me deixavam simplesmente abandonar o menino e ir até o mafioso por um simples detalhe... Qual era aquele maldito favor que o menino queria? “aaaa minha cabeça vai explodir, não posso sair daqui com essa curiosidade! Eu me torturaria pelo resto da minha vida...” refletia em silencio, ainda tentando manter a expressão calma no olhar, porém um pouco devastado por não conseguir deixar o menino simplesmente por causa da curiosidade –Mas vamos ignorar um pouco as historias por agora e focar no que realmente importa... Me fale também sobre esse favor que você tanto precisa-. Interromperia o clima que a historia deixaria para ouvir atentamente o que viria a ser o favor que o menino requisitava. Esperaria que o clima deixado pela historia faria o menino esquecer por um tempo das 5 mil berris, mas caso ele se lembrasse eu diria com uma voz sarcástica -Bem... vamos pensar sobre isso quando eu for atrás desse seu pequeno probleminha...-
“Dizem que a curiosidade matou o gato, não sei se chegou a mata-lo, mas certamente o atrasou...”
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